Espcex – Resumo de Física – Gravitação

Fala guerreiros! Vamos estudar agora esse assunto muito importante de Física 1, a Gravitação. Vamos, selva!

 

1. LEI DAS ÓRBITAS OU PRIMEIRA LEI DE KEPLER

Kepler concluiu através das suas observações, que as órbitas dos planetas em torno do Sol não eram círculos, mas sim, elipses.

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A elipse possui dois focos F1 e F2. O Sol está posicionado em um dos focos. A excentricidade (e) é um parâmetro que informa o quanto uma elipse é achatada. Os valores da excentricidade variam entre 0 e 1. A excentricidade é zero para um círculo.

A órbita de Mercúrio é a que apresenta maior excentricidade (e = 0,206) e a de Vênus, a de menor excentricidade (e = 0,007). As órbitas da Terra (e = 0,017), de Netuno (e = 0,009) e de Vênus são praticamente circunferências.

A primeira Lei de Kepler é descrita como:

Os planetas descrevem órbitas elípticas ao redor do Sol que está posicionado em um dos focos da elipse.

2. LEI DAS ÁREAS OU SEGUNDA LEI DE KEPLER

Observe a figura abaixo: um planeta se desloca da posição 1 para a 2 em um certo intervalo de tempo t. Posteriormente, se desloca da posição 3 para a 4 em um mesmo intervalo de tempo.

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Tracemos uma reta ligando o centro da Terra ao centro do Sol. Essa distância é o raio da órbita. Como essa distância varia, calcularemos uma média, que é conhecida como raio médio (R) da órbita.

A área A1 varrida entre os pontos 1 e 2 é a mesma área A2 entre os pontos 3 e 4. Podemos resumir a Segunda Lei de Kepler, também conhecida como Lei das Áreas.

Os planetas percorrem áreas iguais da sua órbita em intervalos de tempos iguais.

Da Segunda Lei de Kepler, a velocidade de um planeta em órbita não é constante. No ponto onde a distância do planeta ao Sol é mínima (periélio), a velocidade é máxima e no ponto onde a distância é máxima (afélio), a velocidade do planeta é mínima.

3. LEI DOS PERÍODOS OU TERCEIRA LEI DE KEPLER

Considere a distância média entre o planeta e o Sol, que chamaremos de R. O tempo que o planeta leva para dar uma volta em torno do Sol é o período (T).

Kepler observou que para qualquer planeta, a razão entre o cubo do raio R e o quadrado do período T é aproximadamente uma constante.

 

 

4. ATRAÇÃO GRAVITACIONAL

Newton propôs que dois corpos de massa m, separados por uma distância d em relação aos seus centros, se atraem mutuamente com uma força que é inversamente proporcional ao quadrado da distância e diretamente proporcional as massas dos corpos.

 

 

Onde M e m são as massas dos corpos envolvidos; d é a distância que separa os centros dos dois corpos e G é a constante da gravitação universal.

G = 6,67.10-11 N.m2/kg2.

5. A ACELERAÇÃO DA GRAVIDADE

Considere uma pessoa m na superfície da Terra (massa M). A distância entre a pessoa e a superfície da Terra é o próprio raio da Terra (R = 6.400 km = 6,4.106 m).

A fórmula para calcular a aceleração da gravidade em função da massa M do planeta e do seu raio R é:

 

 

A aceleração da gravidade na superfície da Terra vale:

 

Vamos analisar essa expressão:

  • A aceleração da gravidade depende apenas da massa da Terra M.
  • Quanto maior a massa do planeta (o raio deve ser o mesmo), maior a aceleração da gravidade.
  • Quanto maior a distância do corpo ao centro do planeta, menor a aceleração da gravidade.

A tabela abaixo mostra a variação da aceleração da gravidade em função da altura em relação a superfície da Terra.

h(m) g (m/s2)
0 9,85966
100 9,85935
500 9,85811
1.000 9,85656
5.000 9,84420
100.000 9,55728
6. A VELOCIDADE DE ESCAPE

Isaac Newton previu nos Principia que se a velocidade de lançamento de um objeto aumentasse, ele tocaria a Terra em pontos cada vez mais distantes. A partir de uma certa velocidade (denominada velocidade de escape), o corpo entraria em órbita.

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A velocidade de escape é a velocidade mínima necessária para que um corpo entre em órbita e pode ser calculada pela expressão abaixo.

 

 

onde M é a massa do planeta e R o seu raio.

Repare que a velocidade de escape não depende da massa do corpo, apenas da massa e do raio do planeta.

A tabela abaixo mostra a velocidade de escape para os planetas do Sistema Solar.

Planeta vESCAPE (km/s)
Mercúrio 4,20
Vênus 10,30
Terra 11,23
Marte 5,0
Júpiter 60,50
Saturno 35,20
Urano 21,70
Netuno 24,00
7. VELOCIDADE DE UM SATÉLITE EM ÓRBITA

Os satélites são máquinas construídas pelo homem que são usados nas telecomunicações, espionagem e monitoramento de certas áreas.

Um foguete é lançado juntamente com o satélite. Durante o primeiro e o segundo estágio, partes dos foguetes são liberadas e caem no mar.

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A trajetória do satélite inclina constantemente para que ele adquira a componente horizontal da velocidade necessária para entrar em órbita.

Quando entra em órbita, a única força que age sobre o satélite é a força gravitacional, que é a responsável pela força centrípeta. A velocidade de um satélite em órbita não depende da sua massa, apenas da distância ao centro da Terra (d).